Família smart continua a crescer
A smart já não é o que era. É fácil cair num cliché tão óbvio quando alguma coisa a que estamos habituados muda, mas poucos casos se encontram, na indústria automóvel, onde a frase se aplique tão bem.
Nascida de uma joint-venture entre a Mercedes e a Swatch nos já longínquos anos 90, o objectivo da smart era simples: fazer o carro ideal para a cidade. O objectivo, que em teoria era simples, revelou-se um pouco mais complicado (e caro) do que o previsto e a Swatch acabou por vender a sua participação à Mercedes. O nome, no entanto, ficou. smart é o acrónimo de Swatch Mercedes ART. Ou, pelo menos, foi a história que contaram para justificar o nome.
Durante cerca de 20 anos a smart fabricou pequenos citadinos de dois lugares, fechados ou com capota de lona. Económicos, agéis, cabiam em qualquer buraco.
Contudo, a electrificação veio mudar esta história. A Mercedes vendeu a smartville à Ineos (onde produzem o todo-o-terreno Grenadier) e metade da smart à Geely. A produção dos EQ fortwo foi para a China mas foi sempre uma solução de transição. O preço da electrificação e a plataforma do actual fortwo não permitiam as novas versões aspirar a grandes voos. Foi preciso reinventar a marca.
Depois dos citadinos, os SUV
Sem conseguir rentabilizar um pequeno citadino eléctrico, a aposta da smart virou-se para os SUVs compactos. O #1 foi, como o nome sugere, o primeiro modelo desta nova era. O SUV compacto partilha a plataforma com o Volvo EX30, também ela uma subsidiária da Geely.
Numa altura em que as primeiras unidades do #1 (que a smart acredita que alguém vai chamar Hashtag 1) começam a chegar ao nosso mercado, o #3 mostra-se em solo europeu. O modelo, mostrado pela primeira vez em Abril, no salão de Xangai, prepara-se para chegar a Portugal no início do próximo ano.
Mais comprido (20cm) do que o #1, o smart #3 é também mais baixo e 2cm mais largo. A carroçaria ao estilo coupé e a menor altura dão-lhe uma autonomia um pouco melhor, também.
Motorizações semelhantes ao #1
À semelhança do irmão mais velho, o smart #3 virá, para já, com duas motorizações. A versão de tracção traseira conta com os mesmos 272cv e a Brabus, com dois motores, conta com uns generosos 428cv.
Ambas as versões prometem autonomia acima dos 400km. Com 415km de autonomia segundo o ciclo WLTP, prometem mais 15km do que o smart #1.
Quanto a preços, ainda não são conhecidos. Sabe-se apenas que as entregas na Alemanha começam antes do final do ano. Nos restantes mercados europeus, só depois do ano novo. Olhando para o #1, a versão base começa nos 40 950€ e o Brabus nos 48 450€. É, por isso, de esperar um ligeiro incremento face a estes.