Versão a bateria é a única disponível por enquanto
Este é o novo Lancia Ypsilon. Não é que fosse um segredo, nem sequer um mal guardado. Depois de vários teasers e de o ter andado a passear por Milão a descoberto, a Lancia até já tinha mostrado imagens da série limitada de lançamento Cassina.
Agora, a Lancia finalmente apresentou o novo Ypsilon e ficamos a saber que, por agora, apenas está disponível em versão eléctrica. O Ypsilon será, simultaneamente, o último Lancia a combustão, quando chegarem as versões a gasolina, e o primeiro modelo da marca totalmente eléctrico. Isto, de acordo com os planos da marca que incluem um novo Gamma em 2026 e, por fim, um novo Delta em 2028. Tudo a bateria.
Luxo e elegância
A Lancia coloca o novo Ypsilon no lado mais luxuoso do segmento B. O interior foi pensado como uma sala de estar e, por isso, a Lancia deu-lhe o nome de… S.A.L.A.. O acrónimo serve para Sound Air Light Augmentation e tiveram de deixar o italiano de lado porque Aumento del suono, dell’aria e della luce não dava uma sigla tão gira. Tudo isto para se referirem ao sistema que controla o infoentretenimento, climatização e iluminação ambiente, para que seja tão luxuoso quanto um pequeno citadino pode ser.
Os bancos são autênticas poltronas ou não tivesse a Lancia feito parceria com a Cassina, fabricante de mobiliário e interiores de luxo, para a série de lançamento do Ypsilon. De resto não faltam acabamentos em veludo e os tablets da praxe. Um deles está colocado no lugar do painel de instrumentos e outro, ao centro, a tomar conta da S.A.L.A.
Plataforma bem conhecida
Saindo do novo Ypsilon, encontramos um citadino compacto com 4,08m. É praticamente o mesmo comprimento do Peugeot e-208 (4,05m) com quem partilha plataforma e motorizações. Tal como o e-208 e vários outros citadinos da Stellantis, como o Opel Corsa Electric ou o Jeep Avenger, por baixo da pele está a bem conhecida plataforma e-CMP.
Isto significa também que o Lancia Ypsilon traz o bem conhecido conjunto de baterias 51 kWh (48.1 kWh úteis), 156 cv de potência e 260 Nm de binário. Tal como nos seus primos, isto permite pouco mais de 400 km de autonomia no ciclo combinado WLTP. Para carregar, precisa de 26 minutos para uma carga dos 10% aos 80% a 101 kW.
Olhando para a carroçaria, as proporções do Ypsilon denunciam a sua origem para um olhar mais atento. Contudo, a Lancia fez um bom trabalho a dar uma identidade própria. Na frente, a assinatura luminosa tripartida é bastante distinta mas a secção traseira é talvez a parte mais interessante do carro. Os faróis redondos são inspirados no Stratos e foram antecipados no concept Pu+Ra HPE. Quanto às formas arredondadas da carroçaria inspiram-se, alegadamente, em clássicos como o Aurelia e o Flaminia. Mais difícil de ver isso mas acreditamos nos senhores da Lancia.
Preço e data de lançamento
Itália é o primeiro país a receber o novo Ypsilon. O mercado doméstico é o único onde a Lancia ainda existe. É lá que chega primeiro a série limitada Cassina, limitada a 1906 unidades – uma referência ao ano de fundação da marca. A seguir, é a vez da Bélgica, Países Baixos, França e Alemanha. Ausente de Portugal desde 2017, o regresso ao nosso mercado vai acontecer. Não há uma data concreta mas provavelmente até final deste ano ou início do próximo teremos o Ypsilon por cá.
Quanto a preços, a edição especial Cassina custa 40 000 €, não é exactamente um preço barato para um citadino. As boas notícias, é que esta versão é limitada e mais luxuosa. Por isso, as versões mais mundanas que chegam ao mercado serão um pouco mais em conta.